"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (I Tessalonicenses, 5:23).
Observemos estas duas afirmações:
"...Certamente morrerás"(Gn, 2:17).
"...Certamente não morrereis" (Gn, 3:4).
A primeira trata-se de afirmação feita por Deus ao homem que, se pecasse, certamente morreria.
Na segunda, temos a voz da serpente dizendo à mulher que, mesmo pecando, não haveria morte, nem a ela, nem a seu marido.
A afirmativa de Deus ao homem nada tem haver com a espúria doutrina da mortalidade da alma, mesmo porque esta já fora criada eterna por Deus quando assoprou nas narinas do homem o fôlego de vida (Gen.2:7). Fôlego este não soprado em nenhum outro ser ou alma vivente.
O intuito de Satanás foi ludibriar a Eva, alegando que eles não morreriam fisicamente. Mas Deus havia lhes dito que certamente morreriam.
Caso não morressem fisicamente após o pecado, estaria provado que Deus não dizia a verdade.
Eles comeram e não morreram, o que fez parecer que Deus os enganara, porém o Senhor falava da MORTE ESPIRITUAL (separação de Deus), ou seja, a queda do homem.
Na morte espiritual se dá a separação de Deus por causa do pecado que divide o homem e o Eterno, mas nunca se poderia daí concluir que a alma é mortal, no sentido de acabar-se ou extinguir-se como se dá com o corpo físico.
Hoje, ainda, satanás fala através de doutrinas desprovidas de revelações divina, contrariamente à Palavra de Deus, como fez aqui neste princípio.
A técnica do inimigo é a mesma: tentar mudar a verdade de Deus em mentira. Anunciam a mentira da mortalidade da alma em nossos dias, os "Russelistas" e os "Sabatistas", se colocando como adeptos e obreiros da astúcia satânica.
"Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual." (I Co, 15.44 ).
Para gozarmos da plenitude das maravilhas de Deus, temos de despojar-nos deste corpo animal, com desintegração física, como acontece com a semente, e nos revestimos de um corpo espiritual, cujo poder e ação não podem ser limitados, nem pelo tempo, nem pelo espaço ou coisa alguma.
I Ts, 5.23 e Hb, 4.12 descrevem sobre a existência de corpo, alma e espírito:
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (I Tessalonicenses, 5:23).
"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." (Hebreus, 4:12).
Sendo o corpo a parte material (Soma ou Sarkos); alma (vida) possuída pêlos animais racionais ou não, é Nephesh ou Ruah; Espírito (fôlego eterno) possuído somente pelo homem, Psishe ou Pneuma.
Para respondermos o que é alma precisamos saber do que nos falam os textos acima, já que em nossa tradução alma se refere tanto ao espírito (fôlego de vida) como ao sangue (vida da carne).
Nos originais encontramos as palavras hebraicas e gregas a designarem cada parte, ou seja:
Soma/Sarkos: indica o corpo e usa-se para referência a todos os animais.
Neophesh/Ruah: indica alma animal, sendo que Ruah por vezes se traduz como alma espiritual se referindo ao homem.
Psishe/Pneuma indica o espírito (fôlego espiritual) e só é usada quando se refere ao homem, porém às vezes é traduzida usando-se a palavra alma em português.
A alma, espírito ou fôlego divino no homem (hebraico: Neshamah) que Deus soprou exclusivamente no homem, não se aplica aos irracionais conforme está nos versículos que seguem: Gn, 2.7; Jó, 27.3-33; Is, 42.5-57; Pv, 20.27; Js, 11.11-14; e Dt, 20.16.
Os vocábulos Ruah, Nephesh e Neshamah são empregados para designar alma no sentido espiritual, sendo que Ruah e Nephesh servem para designar também alma animal (sangue), enquanto que Neshamah é aplicado para denominar só animais.
Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma (Psishe), temais antes aquele que pode fazer perecer na Geena, tanto a alma como o corpo”
Eclesiastes 12.7: “o pó volte a terra como era, e o espírito volte a Deus que o deu”.
Atos 7.59, Estevão exclamou: "Senhor Jesus recebe meu espírito (Pneuma)".
Em Lucas 23.46, clamado em alta vós disse: "Pai nas tuas mãos entrego meu espírito (Pneuma) tendo dito isto, expirou".
Temos ainda Lucas 16.22-23; Filipenses 1.23; Hebreus 12.23; Apocalipse 6:9.
Extraído do livro:
O QUE É OBRA EM RESTAURAÇÃO ?
Autor: Pr. Samuel Alves de Arrruda. São Paulo: Editora Maanaim. 1995. 1.ª ed, p.53-54
Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. - Provérbios 3:5
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