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Artigo - A origem da trindade vulgo (trinitarianismo) 2ª parte

A origem da trindade vulgo (trinitarianismo) 2ª parte

O primeiro reconhecimento oficial de doutrinas trinitárias veio do Concílio de Niceia em 325, mas até mesmo este estava incompleto. O estabelecimento pleno da doutrina não veio até o Concílio de Constantinopla em 381. Em resumo, o trinitarianismo não alcançou sua forma presente até o fim do quarto século, e seus credos definitivos não ocuparam forma final até o quinto século.

Publicado em 29/06/2015 - 3207 Visualizações - 0 comentários

8 – OUTROS TRINITARIANOS PRIMITIVOS, OU SEGUIDORES DA TRINDADE

Tertuliano introduziu a terminologia do trinitarianismo e se tornou seu primeiro grande proponente no Ocidente, mas Orígene (morto em 254 d.C.) se tornou seu primeiro grande proponente no Oriente. Orígene tentou fundir a filosofia grega e o Cristianismo em um sistema de conhecimento elevado que os historiadores freqüentemente descrevem como Gnosticismo Cristão. Ele aceitou a doutrina grega do Logos (isto é que o Logos foi uma pessoa separada do Pai), mas ele somou uma característica sem igual, não proposto até sua época. Esta foi à doutrina do Filho eterno. Ele ensinou que o Filho ou Logos foi uma pessoa separada desde toda a eternidade. Além disso, ele disse que o Filho foi gerado desde toda a eternidade e está sendo gerado eternamente. Ele reteve a subordinação do Filho ao Pai em existência ou origem, mas chegou mais perto à doutrina posterior de co-igualdade.

Orígene teve muitas crenças heréticas devido a sua aceitação da doutrina da filosofia grega, sua ênfase no conhecimento místico em lugar de fé, e a sua interpretação extremamente alegórica das Escrituras. Por exemplo, ele creu na preexistência das almas dos homens, negou a necessidade da obra redentora de Cristo, e creu na salvação final dos maus, inclusive o diabo. Por estas e outras doutrinas heréticas, ele foi excomungado da igreja. Os Concílios da igreja formalmente anatematizou (amaldiçoou) muitas das suas doutrinas em 543 e 553.

Outros trinitarianos proeminentes da história da igreja primitiva foram Hippolytus e Novatian. Hippolytus foi o oponente trinitário de Sabellius. Ele opôs Callistus, bispo de Roma, e encabeçou um grupo cismático contra ele. Apesar disto, a Igreja católica o canonizou mais tarde.
Novatian foi um dos primeiros em enfatizar o Espírito Santo como uma terceira pessoa. Ele ensinou a subordinação do Filho ao Pai, dizendo que o Filho foi uma pessoa separada, mas teve um começo e veio do Pai. Cornelius, bispo de Roma, excomungou Novatian por acreditar que vários pecados sérios não podiam ser perdoados se cometidos depois da conversão.
 

9 – O ENSINAMENTO DE ARIO

Logo no início do século IV, Ario, pastor de Alexandria, no Egito, afirmava ser cristão, porém, também aceitava a teologia grega, que ensinava que Deus é um só e não pode ser conhecido. De acordo com esse pensamento, Deus é tão radicalmente singular que não pode partilhar sua substância com qualquer outra coisa: somente Deus pode ser Deus. Na obra intitulada Thalia, Ario proclamou que Jesus era divino, mas não era Deus. De acordo com Ario, somente Deus, o Pai, poderia ser imortal, de modo que o Filho era, necessariamente, um ser criado. Ele era como o Pai, mas não era verdadeiramente Deus.
Muitos ex-pagãos se sentiam confortáveis com a opinião de Ario, pois, assim, podiam preservar a idéia familiar do Deus que não podia ser conhecido e podiam ver Jesus como um tipo de super-herói divino, não muito diferente dos heróis humanos-divinos da mitologia grega.
Por ser um eloqüente pregador, Ario sabia extrair o máximo de sua capacidade de persuasão e até mesmo chegou a colocar algumas de suas idéias em canções populares, que o povo costumava cantar.

10 – O CONCÍLIO DE NICÉIA

Ao final do terceiro século, o trinitarianismo tinha substituído o modalismo (Unicidade) como a crença apoiada pela maioria da Cristandade, embora as visões primitivas de trinitarianismo ainda não estavam na forma da doutrina moderna.
Durante a primeira parte do quarto século, uma grande controvérsia sobre a Divindade deu ao seu clímax - o choque entre os ensinamentos de Atanásio e Ario. Ario desejou preservar a unicidade de Deus e ainda proclamar a personalidade independente do Logos. Como os trinitarianos, ele igualou o Logos com o Filho e com Cristo. Ele ensinou que Cristo é um ser criado - um ser divino, mas não da mesma essência que o Pai e não co-igual com o Pai. Em outras palavras, para ele Cristo é um semideus.
Com efeito, Ario ensinou uma forma nova de politeísmo. Ario definitivamente não era um crente Unicista, e o movimento Unicista moderno rejeita fortemente qualquer forma do Arianismo.
Em oposição a Ario, Atanásio tomou a posição que o Filho é co-igual, co-eterno, e co- essência com o Pai. Esta é agora a opinião do trinitarianismo moderno. Portanto, enquanto Tertuliano apresentou muitos conceitos e termos trinitários à Cristandade, Atanásio pode ser considerado o verdadeiro pai do trinitarianismo moderno.
Quando a controvérsia Ariana-Atanasiana começou a varrer pelo Império romano, o Imperador Constantino decidiu intervir. Recentemente convertido ao Cristianismo e fazendo disto então à religião aceita, ele sentia a necessidade de proteger a unidade da Cristandade pelo bem-estar do império. De acordo com a tradição sua conversão veio como o resultado de uma visão que ele viu pouco antes de uma batalha crucial. Supostamente, ele viu uma cruz no céu com uma mensagem dizendo: “Neste sinal conquista”. Ele seguiu para ganhar a batalha, se tornando co-imperador em 312 D.C. e imperador exclusivo em 324 D.C.
Quando a grande controvérsia Ariana-Athanasiana ameaçou dividir seu império recentemente ganho e destruir seu plano para usar o Cristianismo, consolidando e mantendo o poder político, ele convocou o primeiro concílio ecumênico da igreja que aconteceu em Nicéia em 325 D.C.
Constantino não foi nenhum modelo perfeito de Cristianismo. Em 326 ele matou seu filho, sobrinho, e esposa. Ele adiou o seu batismo de propósito até pouco antes da sua morte, sobre a teoria que ele seria assim purificado de todos os pecados da sua vida. Durant diz a respeito dele, "Cristianismo foi para ele um meio, mas não o fim… Enquanto o Cristianismo converteu o mundo, o mundo converteu o Cristianismo e demonstrou o paganismo natural da humanidade."
Estabelecendo o Cristianismo como a religião preferida do Império Romano (que ultimamente o levou a se tornar a religião oficial do estado), Constantino radicalmente alterou a igreja e acelerou sua aceitação de rituais pagãos e doutrinas heréticas.
Como historiador da igreja, Walter Nigg diz: "assim que o Imperador Constantino abriu as comportas e as massas do povo fluíram completamente para a Igreja, de mero oportunismo, a imponência do caráter Cristão se terminou”.
Quando o Concílio de Nicéia se reuniu, Constantino não estava interessado em qualquer resultado particular, contanto que os participantes chegassem a um acordo. Uma vez ocorrendo isto, Constantino colocou todo o seu poder em apoio do resultado.
"Constantino que tratou questões religiosas somente de um ponto de vista político, assegurou unanimidade por banir todos os bispos que não assinariam as novas profissões de fé. Foi desta maneira que a unidade foi concebida. Foi completamente desconhecido que um credo universal deveria ser instituído somente ou puramente na autoridade do imperador… Nenhum bispo disse uma única palavra contra esta coisa monstruosa".
Heick divide os participantes em Niceia em três grupos: uma minoria de Arianos, uma minoria de Atanasianos, e uma maioria que não entenderam o conflito, mas queriam a paz. O Concílio finalmente adotou um credo que claramente denunciou o Arianismo, mas disse pouco em relação ao ensinamento trinitário finalmente positivo. A frase fundamental declarada que Cristo era da mesma essência (grego: homoousios) como o Pai e não somente como uma essência (homoiousios).
De forma bastante interessante, os modalistas (crentes Unicistas) tinha usado primeiramente a palavra escolhida (homoousios) para expressar a identidade de Jesus com o Pai. Muitos que defenderam sem sucesso o uso do último termo (homoiousios) não tencionaram realmente que Jesus era diferente do Pai em substância, mas antes queriam evitar as implicações Unicistas do primeiro termo. Assim o credo resultante foi uma rejeição clara de Arianismo, mas uma rejeição não-tão-clara de modalismo (Unicidade).
 

11 – O CREDO DE NICÉIA

"Cremos em um Deus, o Pai Todo-poderoso, o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, ou único gerado, isto é, da natureza do Pai. Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não formado, de uma substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas , tanto as coisas no céu e coisas na terra; quem por nós homens e por nossa salvação veio e foi feito carne e assumiu a natureza do homem, sofreu e ressuscitou no terceiro dia, ascendeu ao céus, e virá julgar novamente os vivos e os mortos. E no Espírito Santo. Mas a igreja santa e apostólica anatematiza aqueles que dizem que havia uma época quando ele não existia, e que ele foi feito de coisas não existentes, ou de uma outra pessoa ou ser, dizendo que o Filho de Deus é mudável, ou mutável".
Não há uma declaração clara da trindade neste credo, mas ele afirma que Jesus é de uma substância com o Pai em oposição ao Arianismo. Não há nenhuma referência ao Espírito Santo como uma pessoa separada na Divindade, mas ele meramente expressa uma crença no Espírito Santo. Este Credo Niceno original indica uma distinção pessoal entre Pai e Filho e declara que o Filho não é mudável ou mutável. Esta última frase é um afastamento da doutrina bíblica do Filho e apóia o trinitarianismo moderno, desde que ela ensina um Filho eterno. Basicamente, então, o Concílio de Nicéia tem uma significância tripla: ele é uma rejeição de Arianismo; ele é a primeira declaração oficial incompatível com modalismo (Unicidade); e ele é a primeira declaração oficial em apoio ao trinitarianismo.
 

12 – DEPOIS DE NICÉIA

A vitória trinitária de Niceia, portanto, não estava completa, porém, os próximos sessenta anos foi uma batalha entre os Arianos e os Atanasianos. Alguns participantes no concílio como Marcellus, bispo de Ancyra, saíram a favor do Sabellianismo (Unicidade). Ario enviou uma carta conciliatória a Constantino que o fez reabrir o assunto. Um concílio realizado em Tiro em 335 reverteu a doutrina Niceno em favor do Arianismo. Atanásio foi ao exílio, e Ario teria sido restabelecido como bispo se não tivesse morrido na noite anterior.
Atanásio foi banido cinco ou seis vezes durante este período. Muito do conflito foi devido a circunstâncias políticas. Por exemplo, quando o filho de Constantino, Constantius chegou ao poder ele apoiou os Arianos, depondo os bispos Atanasianos e apoiando os Arianos nos seus lugares. A controvérsia produziu lutas políticas violentas e muito derramamento de sangue.
O professor Heick credita o último sucesso do Atanasianismo à eloqüência e perseverança do próprio Atanásio. "O fator decisivo na vitória… foi a determinação firme de Atanásio durante uma vida longa de perseguição e opressão". Porém, não foi até o segundo concílio ecumênico, convocado pelo Imperador Theodosius e realizado em Constantinopla em 381, que o assunto foi resolvido. Este concílio, realizado depois da morte de Atanásio, ratificou o Credo Niceno. Resolveu também outro grande assunto que tinha estado assolando após Niceia, isto é, a relação do Espírito Santo a Deus. O Espírito Santo era uma pessoa separada na Divindade ou não? Muitos pensaram que o Espírito era uma energia, uma criatura, ou um ser angelical. O concílio acrescentou declarações ao Credo Niceno original para ensinar que o Espírito Santo era uma pessoa separada como o Pai e o Filho.
Não foi até o Concílio de Constantinopla em 381, então, que a doutrina moderna da trindade ganhou vitória permanente. Aquele concílio foi o primeiro em declarar que Pai, Filho, e Espírito Santo inequivocamente eram três pessoas separadas de Deus, co-iguais, co-eternos, e de co-essência. Um Credo Niceno revisado veio do concílio em 381. A forma presente do Credo Niceno, que provavelmente emergiu ao redor do ano 500, é então mais fortemente trinitário que o Credo Niceno original.
Havia outra grande ameaça ao Atanasianismo. O Império romano tinha começado a desmoronar sob ataques bárbaros, e as tribos bárbaras, que tinham ascendência para predomínio, eram Arianas. Concebivelmente, Arianismo poderia ter emergido vitorioso pelas conquistas bárbaras. Porém, esta ameaça terminou finalmente quando os Francos se converteram ao Atanasianismo em 496.
Durante este período de tempo, outro credo importante Emergiu - o Credo Atanasiano que não veio de Atanásio. Ele provavelmente representa a doutrina trinitária de Augustino (354-430), depois se desenvolveu durante ou após seu tempo. Este credo é a mais compreensiva declaração de trinitarianismo na história antiga da igreja. Somente a parte ocidental da Cristandade o reconheceu oficialmente.
Os pontos principais de diferença entre o Leste e o Oeste na doutrina da trindade foram como segue: Primeiro, o Leste tendeu para enfatizar a trindade de Deus. Por exemplo, para os Capadocianos o grande mistério era como as três pessoas poderiam ser uma. No Oeste havia um pouco mais de ênfase sobre a unidade de Deus. Segundo, o Oeste creu que o Espírito procedeu do Pai e do Filho (a doutrina de filioque), enquanto o Leste sustentou que o Espírito procedeu somente do Pai. No final das contas isto se tornou um assunto doutrinário principal atrás da cisma entre Catolicismo Romano e Ortodoxo Oriental em 1054.
 

13 – O CREDO ATANASIANO

Para poder dar para ao leitor uma visão mais completa da doutrina da trindade, uma parte do Credo Atanasiano é dado abaixo:
“Quem quiser será salvo: antes de todas as coisas é necessário que ele mantenha a Fé católica. Qual Fé todo o mundo a mantenha integral e imaculada: de fora, sem duvida, ele perecerá eternamente. E A Fé católica é esta: que adoramos um Deus em Trindade, e Trindade em Unidade. Nenhum que confunde as Pessoas: nem dividindo a Substância.
Pois há uma Pessoa do Pai, outra do Filho, outra do Espírito Santo. Mas a Divindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, é todo o um: A Glória co-igual, a Majestade co-eterna. Como o Pai é tal é o Filho, e tal é o Espírito Santo: O Pai não criado, o Filho não criado, e o Espírito Santo não criado. O Pai incompreensível, o Filho incompreensível, e o Espírito Santo incompreensível.
O Pai eterno, o Filho eterno, e o Espírito Santo eterno. E ainda eles não são três eternos: mas um Eterno. Como também não há três incompreensíveis, nem três não criados: mas um Não Criado e um Incompreensível. Igualmente o Pai é Todo-poderoso, e o Filho Todo-poderoso, e o Espírito santo Todo-poderoso. E ainda eles não são três todo-poderosos: mas um Todo-poderoso. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E ainda eles não são três deuses: mas um Deus. Igualmente o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor. E ainda não são três senhores: mas um Senhor. Da mesma forma como somos compelidos pela verdade Cristã para reconhecer cada Pessoa por Si mesma para ser Deus e Senhor: Assim somos proibidos pela religião católica dizer, há três deuses, ou três senhores. O Pai não é feito por ninguém: nem crido, nem gerado.
O Filho é do Pai somente, não feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo é do Pai e do Filho, nem feito nem criado, nem gerado, mas procedente. Assim há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, e um Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta Trindade nenhum é adiante, ou depois do outro: nenhum é o m aior ou menos que o outro. Mas o conjunto de três Pessoas são co-eternas, e co-iguais. De forma que em todas as coisas, como é dito antes, a Unidade em Trindade, e a Trindade em Unidade é para ser louvada. “Ele então que será salvo: deve pensar assim na Trindade...”.
 

14 – A TRINDADE E A BÍBLIA

O trinitarianismo afirma a deidade de Cristo. Porém, diminui da plena deidade de Cristo como descrita na Bíblia. Como um assunto prático, o trinitarianismo nega que a plenitude da Divindade está em Jesus porque ele nega que Jesus é o Pai e o Espírito Santo. Ela não exalta o nome e a pessoa de Jesus suficientemente ou Lhe dá o pleno reconhecimento que a Bíblia o dá.

14.1 - CONTRADIÇÕES

O problema básico é que o trinitarianismo é uma doutrina não bíblica que contradiz vários ensinos bíblicos e muitos versículos específicos das Escrituras. Além disso, a doutrina contém várias contradições internas. É claro que, a contradição interna mais óbvia é como pode haver três pessoas de Deus em qualquer sentido significante e ainda haver somente um Deus.
Abaixo temos compilado várias outras contradições e problemas associados com o trinitarianismo. Esta lista não é exaustiva, mas dá uma idéia de quanto que a doutrina se diverge da Bíblia.
a) Jesus Cristo teve dois pais? O Pai é o Pai do Filho (I João 1:3), contudo a criança nascida de Maria foi concebida pelo Espírito Santo - Mateus 1:21, (porém eles dizem que o Espírito Santo foi meramente o agente do Pai na concepção - um processo que eles comparam com inseminação artificial!
b) Quantos Espíritos são? Deus o Pai é um Espírito (João 4:24), o Senhor Jesus é um Espírito (II coríntios 3:17), e o Espírito Santo é um Espírito por definição. Contudo há um Espírito (I coríntios 12:13; Efesios 4:4).
c) Se o Pai e Filho são pessoas co-iguais, por que o Jesus orou ao Pai? (Mateus 11:25). Deus pode orar a Deus?
d) Semelhantemente, como o Filho não pode saber tanto quanto o Pai? (Mateus 24:36; Marcos 13:32).
e) Semelhantemente, como o Filho não pode ter poder a não ser que o Pai Lhe dá? (João 5:19, 30; 6:38).
f) Semelhantemente, como explicar sobre os outros versículos das Escrituras que indica a desigualdade do Filho e o Pai? (João 8:42; 14:28; I coríntios 11:3).
g) Como foi que "Deus o Filho" morreu? A Bíblia diz que o Filho morreu (Romanos 5:10). Nesse caso, Deus pode morrer? Pode uma parte de Deus morrer?
h) Como pode ser um Filho eterno quando a Bíblia fala de um Filho gerado, indicando claramente que o Filho teve um início? (João 3:16; Hebreus 1:5-6).
i) Se o Filho é eterno e existiu na criação quem foi sua mãe naquele momento? Sabemos que o Filho foi feito de mulher (Gálatas 4:4).
j) Será que "Deus o Filho" entregou Sua onipresença enquanto estava na terra? Nesse caso, como ele pode ainda ser Deus?
k) Quem é que louvamos e a quem é que oramos? Jesus disse para adorar o Pai (João 4:21-24), contudo Estevão orou a Jesus (Atos 7:59-60).
l) Pode haver mais de três pessoas na Divindade? Certamente o Antigo Testamento não ensina três, mas enfatiza Unicidade. Se o Novo Testamento acrescenta à mensagem do Antigo Testamento e ensina três pessoas, então o que há de prevenir subseqüentes revelações de pessoas adicionais? Se aplicarmos a lógica trinitária para interpretar alguns versos da Bíblia, poderíamos ensinar uma quarta pessoa (Isaias 48:16; Colossenses 1:3; 2:2; I Tessalonicenses 3:11; Tiago 1:27). Igualmente, poderíamos interpretar alguns versos da Bíblia para significar seis ou mais pessoas (Apocalipse 3:1; 5:6).
m) Há três Espíritos no coração de um Cristão? Pai, Jesus, e o Espírito habitam dentro do Cristão (João 14:17, 23; Romanos 8:9; Efesios 3:14-17). Todavia há um Espírito (I coríntios 12:13; Efesios 4:4).
n) Há somente um trono no céu (Apocalipse 4:2). Quem senta sobre ele? Sabemos que Jesus senta (Apocalipse 1:8, 17, 18, 4:8). Onde o Pai e o Espírito Santo sentam?
o) Se Jesus está no trono, como Ele pode sentar na mão direita de Deus? (Marcos 16:19). Ele senta ou está de pé à direita de Deus? (Atos 7:55). Ou Ele está no seio do Pai? (João 1:18).
p) Está Jesus na Divindade ou está a Divindade em Jesus? Colossenses 2:9 diz que é o último.
q) Determinado Mateus 28:19, por que os apóstolos consistentemente batizaram tanto Judeus como Gentios usando o nome de Jesus, até a extensão do rebatismo? (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16; I coríntios 1:13).
r) Quem ressuscitou Jesus dos mortos? O Pai o fez (Efesios 1:20), ou Jesus (João 2:19-21), ou o Espírito? (Romanos 8:11).
s) Se o Filho e Espírito Santo são pessoas co-iguais na Divindade, por que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável mas a blasfêmia contra o Filho não é? (Lucas 12:10).
t) O Pai sabe algo que o Espírito Santo não sabe? Nesse caso, como eles podem ser co-iguais? Somente o Pai sabe o dia e hora da Segunda Vinda de Cristo (Marcos 13:32).
u) Se o Espírito procede do Pai, o Espírito também é filho do Pai? Se não, por que não?
v) Se o Espírito procede do Filho, o Espírito é neto do Pai? Se não, por que não?
 

 14.2 - AVALIAÇÃO DO TRINITARIANISMO

Cremos que o trinitarianismo não é uma doutrina bíblica e que ele contradiz a Bíblia em muitas maneiras. As Escrituras não ensinam uma trindade de pessoas. A doutrina da trindade usa terminologia não usada na Bíblia. Ela ensina e enfatiza pluralidade na Divindade enquanto a Bíblia enfatiza a Unicidade de Deus. Ela diminui a plena deidade de Jesus Cristo. Ela contradiz muitos versos específicos da Bíblia. Ela não é lógica. Ninguém pode entender ou explicar racionalmente, nem mesmo aqueles que a defendem. Em resumo, o trinitarianismo é uma doutrina que não pertence ao Cristianismo.
 

CONCLUSÃO

Em conclusão, vemos que a doutrina da trindade não é bíblica tanto em terminologia como em origem histórica. Ela tem suas raízes no politeísmo, religião pagã, e filosofia pagã. A própria doutrina não existiu na história da igreja antes do terceiro século. Nem sequer naquela época, trinitarianos primitivos não aceitaram muitas doutrinas básicas do trinitarianismo presente de hoje, tais como a co-igualdade e co-eternidade do Pai e Filho. O Trinitarianismo não alcançou domínio sobre a crença da Unicidade até por volta de 300. d.C. Ele não alcançou vitória sobre o Arianismo até o quarto século.
O primeiro reconhecimento oficial de doutrinas trinitárias veio do Concílio de Niceia em 325, mas até mesmo este estava incompleto. O estabelecimento pleno da doutrina não veio até o Concílio de Constantinopla em 381. Em resumo, o trinitarianismo não alcançou sua forma presente até o fim do quarto século, e seus credos definitivos não ocuparam forma final até o quinto século.
A Bíblia não ensina a doutrina da trindade, o trinitarianismo na verdade contradiz a Bíblia. O trinitarianismo não acrescenta qualquer benefício positivo à mensagem Cristã. Sem a doutrina artificial da trindade feita pelos homens podemos ainda afirmar a deidade de Jesus, a humanidade de Jesus, o nascimento virginal, a morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo, a expiação, justificação pela fé, a autoridade exclusiva das Escrituras, e qualquer outra doutrina que é essencial ao Cristianismo verdadeiro. Na realidade, realçamos estas doutrinas quando aderimos estritamente à mensagem Bíblica que Jesus é o único Deus manifesto em carne.
Aderência à Unicidade não significa a rejeição que Deus veio em carne como o Filho ou uma rejeição que Deus cumpre os papéis de Pai e Espírito Santo. Por outro lado, a doutrina da trindade diminui dos temas bíblicos importantes da Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo. Portanto, o Cristianismo deveria deixar de usar a terminologia trinitáriana e deveria voltar para trás para enfatizar a mensagem básica da Bíblia. A maioria dos crentes Bíblicos não pensa em termos fortes trinitários, portanto uma transição da parte dele não seria muito difícil, pelo menos não no nível individual.
No outro lado, aderência estrita à crença da Unicidade traz muitas bênçãos. Ela coloca uma ênfase onde deveria ser - na importância de terminologia bíblica, pensamento, e temas. Ela estabelece o Cristianismo como o verdadeiro herdeiro de Judaísmo e como uma crença verdadeiramente monoteística. Ela nos lembra que Deus nosso Pai e Criador nos amou tanto que Ele Se vestiu em carne para vir como nosso Redentor. Ela nos lembra que podemos receber este Criador e
Redentor em nossos corações pelo Seu Próprio Espírito.
A Unicidade magnífica Jesus Cristo, exalta Seu nome, reconhece quem Ele realmente é, e reconhece Sua plena deidade. Exaltar Jesus e Seu nome na pregação e no louvor traz um movimento poderoso do Seu poder em bênçãos, libertação, oração respondida, milagres, cura, e salvação. Coisas maravilhosas acontecem quando alguém prega a mensagem da deidade de Jesus, o nome de Jesus, e a Unicidade de Deus, mas raramente alguém se inspira sobre a mensagem da trindade.
Uma crença forte na Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo é um elemento crucial na restauração da igreja a retificar as crenças bíblicas e o poder apostólico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARD, David K. The Oneness of Gog (A Unidade de Deus). Hazelwood: WAP, 1983. 231 p. Série de teologia Pentecostal, volume 1.

CURTIS, A. Kenneth, LANG, J. Stephen, PETERSEN, Randy. Os 100 Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo: Do incêndio de Roma ao crescimento da igreja na China. Grand Rapids: Fleming Η. Revell, 1991. 205 p.BÍBLIA SAGRADA, Nova Versão rnacional. São Paulo: Vida 1993, 2000.

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